Crônicas de Telecom – Tem coisas que nunca mudam!
A viagem!
Ainda me lembro quando pegava aqueles Fuscas táxi, em que o espaço para malas e o conforto eram inexistentes, além do preço que era elevado! Em contrapartida, após uma confortável viagem de Uber, em que utilizei meu Smartphone para chamá-lo e com o qual ele me localizou (com espaço de sobra para as malas), lá estava eu na rodoviária aguardando pacientemente a chegada do ônibus no box. Já faziam 10 anos que não embarcava em um ônibus de viagem. Todas minhas viagens, especialmente de treinamento, nos últimos anos ou foram de automóvel para destinos próximos ou então de avião.
Lá estava eu me dirigindo para mais um treinamento. E, esse agora em uma grande cidade do RS para um grande provedor. Estava muito ansioso. Não com o treinamento em si, mas com a viagem, afinal seriam boas cinco horas de viagem. E não costumo conseguir dormir em viagens. Pensando ser um grande tédio, como eram as antigas viagens que fazia de ônibus até chegar no destino.
Ao despachar as malas no bagageiro, ingressei no ônibus e ao localizar minha poltrona sentei-me e saquei o aparelho celular para ver as mensagens. Lembrei-me do dito cujo nesta hora, afinal a viagem não seria tão tediosa.
Santo wi-fi!
Ao ver as mensagens no WhatsApp e confirmar com meu amigo, que também é responsável pelo treinamento, que já estava no ônibus tranquilizando-o, fiz uma varredura e descobri que o ônibus tinha wi-fi. Assim conectei o celular a ele. O ônibus passou a rodar, poltrona do lado livre, espaço de sobra para colocar bugigangas na poltrona. Imediatamente tive a ideia de monitorar o tempo e a rota da viagem, com o qual acionei o navegador GPS do meu smartphone tendo, previsão de chegada, contando 20 minutos de parada que acrescentei.
Após, abri um controlador de velocidade no celular (velocímetro) que dá a velocidade instantânea, média, etc. Aproveitando para ver mais algumas mensagens no celular e WhatsApp. Ainda sintonizei em uma rádio FM no meu celular e relaxei um pouco com os fones. Rodado alguns quilômetros começaram os problemas de recepção e quando ia me satisfazendo em apenas desligar o FM. Lembrei que poderia abrir o aplicativo da rádio via Internet. Ufa, não seria obrigado a ter que buscar rádios e correr o risco de escutar aquelas choradeiras musicais.
Deste modo, coloquei para tocar a rádio, a qualidade nitidamente ficou superior a recepção FM. No decorrer da viagem me cansei um pouco da música (sempre de fundo ao som do GPS – na rotatória pequei a primeira saída…). Então abri o Netflix e passei a assistir os “zumbis”, puxa, mas que raiva daquele “Negam” e sua “Lucille”, bom, mas isso é outro assunto. Assistindo vídeo há um bom tempo observei o estado da bateria.
Ao ver a bateria verifiquei que boa parte do trajeto havia 4G (mas estava no wi-fi para não gastar meu plano “gratuitamente”). Então houve a parada.
A parada!
Ao descer estava com o carregador rápido no bolso, bem não daria para realizar a carga do celular em 20 minutos, mas pelo menos daria uma “carguinha”. Ao chegar no paradouro, muito organizado, limpo e com muitas opções vi um móvel em que haviam pequenas portinholas de vidro com chave e tomadas internamente para colocar seu celular em carga. Fiquei realmente impressionado com as mudanças que nem sequer havia percebido. E mais, ao terminar meu lanche uma menina anuncia no microfone a partida do ônibus, sinceramente me senti em um aeroporto…
Ao retornar a viagem com navegação GPS e tudo, cansei um pouco de vídeo. Então lembrei que meu celular tem uma coleção de 80 jogos. Não pense que não jogo… Assim passei a jogar.
Quando lembrei que havia esquecido de fazer um material para o treinamento. Sem problemas abri o editor de texto no celular e passei a fazê-lo. Já com pouca bateria lembrei que tinha trazido um Power Bank no bolso. Pronto, conectei ao celular e tudo estava resolvido.
Ainda faltava por volta de uma hora para chegarmos ao destino, estava tudo bem, foi quando passou pelo corredor um rapaz com cara bastante suspeita em direção ao banheiro. Aí pude sentir que poucos minutos depois havia uma catinga espalhada pelo ônibus, que para piorar não tinha como abrir as janelas por causa do ar condicionado… Então lembrei das minhas experiências com viagens de ônibus e pensei: há coisas que nunca mudam mesmo!
Conclusão!
É neste espírito que automaticamente me veio a lembrança os provedores! Afinal, por tudo que relatei até aqui, seus serviços são de caráter intangível! Afinal estamos na “Era do Intangível”. Não há como avaliar a sua importância e como vão ocorrer as mudanças que ocorrem “a jato” em nosso mundo. Mas é importante que estejamos atentos às tecnologias e tendências. Por isso, é de extrema importância a constante profissionalização dos provedores. Pois as tecnologias mudam e é necessário que estejamos adequados e alinhados com essas mudanças…
Autor: Prof. Fernando César Morellato
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